Só eu sei a solidão o que senti, quando deixei de escrever.
Senti minha chaga. Entrei de cabeça na minha zona de conforto. Deixei de ter
encontros semanais comigo mesmo, de juntar fatores que me tiram do sério, de
arquitetar futuros projetos com gana e inocência de um sonhador. Talvez seja o
preço de estar feliz demais, ficamos cegos por muito tempo e passamos a não nos
incomodar com perturbações indiretas. Já nem pareço o mesmo cara que era viciado
nos contos de Franz Kafka , ou mesmo no cinema trash europeu dos anos 80. O
garoto que queria aprender todos os idiomas derivados do latim. Me tornei um
produto, faço parte de um novo círculo vicioso. Quem não faz? Me tornei humano, eu humano!