sexta-feira, 25 de maio de 2012


Só eu sei a solidão o que senti, quando deixei de escrever. Senti minha chaga. Entrei de cabeça na minha zona de conforto. Deixei de ter encontros semanais comigo mesmo, de juntar fatores que me tiram do sério, de arquitetar futuros projetos com gana e inocência de um sonhador. Talvez seja o preço de estar feliz demais, ficamos cegos por muito tempo e passamos a não nos incomodar com perturbações indiretas. Já nem pareço o mesmo cara que era viciado nos contos de Franz Kafka , ou mesmo no cinema trash europeu dos anos 80. O garoto que queria aprender todos os idiomas derivados do latim. Me tornei um produto, faço parte de um novo círculo vicioso. Quem não faz? Me tornei humano, eu humano!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

parasita. 04

"Olá senhor, sou pobre por que trabalho e quem trabalha não tem tempo pra ganhar dinheiro. Não sei mais qual é a sensação  da fome, mas sinto quando dá aquele aperto no estômago e as lágrimas caem de meus olhos. Minhas mãos calejadas, monstram que o esforço pela sobrevivência, sempre foi a minha maior atividade. Meus filhos não tem educação e eu estou sem dente, sou escravo de um mundo onde não pedi pra nascer. Mas alguém há de horar por nós, espero eu que esse sofrimento acabe. Meu sobrenome não me mostra de onde venho nem pra onde vou. Perdi a fala por falta de oportunidade e ninguém nunca me escuta, fico murmurando sons guturais e acenando com a cabeça. Sou um bicho, um fantoche, um animal, um imbecil, não sei escrever nem falar, e quando falo com as pessoas nunca a olho nos olhos. Razão nunca tive, um ignorante não pode duvidar de nada e sim aceitar tudo. Já deixei de existir há muito tempo, pois o homem que não sonha é morto por natureza. Só me resta a dor, por não ter alma, por ser um verme, apenas um parasita."

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ZÔO

 Esssa letra é do karnak  chama Zõo, é uma crítica aos animais que são tirado de seu habit para se tornarem vitrini. passei muito tempo sem escrever mas vou postar 1 artigo por semana. =***

Oi como que ce tá?
Eu não tô legal aqui nesse lugar
Oi comment allez vous?
Eu sou o gorila preso aqui no zôo

Quanta criança meu Deus comendo cachorro-quente
Só elas entendem a dor que meu coração sente
Minha macaca se foi, minha esperança também
Vocês me olham e eu olho vocês

Zôo zôo zôo só tatu tu do
Zôo homem nu

Oi como que ce ta?
Eu não tô legal aqui nesse lugar
Hi how are you?
Eu sou o leão preso aqui no zôo

Eu era o rei na floresta agora nada me resta
Vou ficar pra sempre preso aqui
Ficam me fotografando acham que estou gostando
Mas minha alma não sabe sorrir

Zôo zôo zôo só tatu tu do
Zôo homem nu

Oi como que ce ta?
Eu não tô legal aqui nesse lugar
Oi como que tá tu?
Eu sou uma arara presa aqui no zôo

Minha plumagem é linda mas por dentro estou cinza
Quero voltar voando pra casa
Nem todo bicho é preso e de invejar quase morro
Por que não prendem o gato e o cachorro?
Tira os bichos do zôo, tira os bichos do zôo

Põe o homem na jaula, põe o homem nu.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Me empresta teu quintal?!

"Senhor Governador do Estado do Rio de Janeiro, venho por meio desta carta, em tom amistoso, pedir que permita a entrada do meu produto em seu país. Tendo em vista que seu país é um grande mercado consumidor de meu produto, movimentando assim, grande parte da economia de meu país. Meu produto também movimenta a economia de seu país, ele é encaminhado para classe mais pobre e vendido a peso de ouro para todas outras classes. A elite já não vive  sem e a classe média sempre o consome com freqüência. Uma mão lava a outra, que, Aposto que você senhor governador tem filhos para criar e uma mulher pra agradar e tenta proporcioná-los tudo do bom e do melhor, assim como eu! Peço sua colaboração na entrada de meu produto em seu país e pretendo recompensá-lo com alguns milhões de dólares semanais. Eu sou um homem de palavra, e estou a fazer minha parte pedindo autorização e a colaboração ao senhor Governado do estado do Rio de Janeiro para entrada e facilitação de meu produto em seu país, e tenho certeza que não irá recusar. Gostaria de lhe convidar para conhecer minha grande fazenda  em Puerto Viejo, para que possa passar um momento de lazer e luxo com sua família e assim então ficarmos mais íntimos nos negócios. Agradeço desde já a sua atenção e conto com seu comprometimento."

Sr. Alvares Fuentes Batista

Alguém tem dúvidas de que é mais o menos assim que as coisas funcionam em nosso país? De como membros do estado utilizam recursos que o próprio estado oferece pra  tornar-se imune, enquanto a população vive a mercê do violência e da corrupção. É meus caros, essa facilitação pro tráfico já existe há muito tempo, há poucos gozando de um bem passageiro enquanto muitos suportam um mal permanente. Não seria muito difícil tirar o pino da granada, e dar um basta nisso tudo, pra isso precisaríamos de uma ação direta do governo com participação da população. Mas tudo fica mais difícil quando envolve quantidades absurdas de dinheiro. Só nos resta esperar e achar que a repressão das forças especiais(BOPE) seja o suficiente. Eles são tão vítimas quando nós. Na verdade todo mundo é bonzinho, mas alguém tem que pagar a conta!!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

30 HORAS!

 
Quem nunca imaginou um  dia que houvesse algumas horas a mais? E  ficou imaginando como seria divertido administrá-las. Bem 6h a mais estaria de bom tamanho, terminaria como número par, não ficaria aquela "ponta" desconfortável ímpar. Nada contra números ímpares, mas é que os pares são mais sistemáticos por se casarem.

"Se o dia tivesse 30 horas, eu poderia passar mais tempo com minhas filhas!"


"Se o dia tivesse 30 horas, eu teria três empregos!"


"Se o dia tivesse 30 horas, eu sofreria mais!"


"Se o dia tivesse 30 horas, eu poderia ganhar mais dinheiro, seria perfeito para os negócios!"


"Se o dia tivesse 30 horas, passaria mais 6 horas ao seu lado!"


"Se o dia tivesse 30 horas, dormiria apenas 4, e com tempo restante dominaria o mundo"


"Se o dia tivesse 30 horas, colaboraria mais para o bem dos necessitados"


"Se o dia tivesse 30 horas, teria um tempinho pra me recuperar antes de chegar em casa  e a desculpa de reunião colaria todo dia com minha mulher"


"Se o dia tivesse 30 horas, seria escravo de tudo que penso em fazer e não faço"



"Se o dia tivesse 30 horas,  a lembrança de ontem estaria mais acesa"



Sei que essas 6 horas a mais alterariam o padrão real do tempo  em que vivemos, mas a idéia foi tê-las como  uma forma de bônus, algo a mais. Seria louco, mas o tempo que eu teria para aproveitar, amar, me divertir, conseqüentemente teria para chorar, sofrer e morrer. As oportunidades e os riscos aumentariam proporcionalmente. Seria muito tempo pra eu me preocupar e pensar no que fazer ou viveria tanto que nem me importaria com isto?

Estou menos objetivo, mas você coordena seu tempo e utiliza-o como bem entender ou desejar.

 Mas pensando bem, acho que vou subtrair 6 horas dessas 30 horas, e tentar administrá-las.(rsrsrsrsrs)

sábado, 2 de outubro de 2010

A política de bairro.

Bom, imagine o ano que quiser a data que desejar, mas que seja um pouquinho além da época atual que está vivendo agora (idéia futurística). Uma revolução doméstica está por vir, trabalhadores estão cansados de pagar impostos e não terem o retorno adequado e então surge à idéia de uma política autônoma, independente e sistemática.

Funções foram delegadas, pessoas foram escolhidas, moradores estão de acordo. Um novo controle político, chamado de política de bairro. Tudo isso após vários atentados ao governo brasileiro, escândalos políticos, dossiês que nunca deram em nada e a incapacidade estatal de controle da situação. Deram frutos uma nova forma de se pensar e agir, muito além do que um voto pode alcançar. Um desejo de mudança, mas uma idéia com iniciativa direta e ambiciosa.

Cada bairro teria o seu síndico, subsíndico, e toda assessoria necessária. O imposto seria recolhido e aplicado nas prioridades daquele determinado bairro.

Na passagem por cada bairro, sua identificação seria obrigatória, portaria uma carteirinha de identificação, sem ela o acesso seria impossível, em caso de violação o bairro teria autonomia suficiente para aplicar suas leis de acordo com a ética anárquica regente em cada bairro.


Os representantes sindicais  se reuniriam entre três e três messes, para tratar de assuntos individuais e coletivos, com interesse de manter a ordem e o bem estar social.

Essa idéia já me passou pela cabeça várias vezes, um instrumento estatal estaria sendo aplicado de uma forma heterogênea, e controlado por pessoas que necessariamente dividiriam o mesmo espaço que você. Mas será que daria certo? Ou teríamos vários países em um pequeno espaço? A elite reinaria ou a classe (d/c) gozaria da sua independência.

Sociedades alternativas e autônomas espalhadas pela cidade, “eu sou o meu próprio inferno”. A favela da roçinha não teria um pingo de dificuldade em se adaptar e poderia administrar sua própria ilegalidade (depende do ponto de vista).
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Todos estão tão próximos e tão separados ao mesmo tempo, talvez já estejamos vivendo assim e não queremos acreditar. Tua classe, seu sobrenome, cultura, forma de falar, pensar, sentir, já me dizem de onde vem e pra onde vai.
Escolha seu sindico, ou seja seu próprio sindico, o controlo da minha vida pode estar em suas mãos, e eu nem me dar conta e você também não.

Boa eleição!


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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mulher é apedrejada após ter sido vista andando ao lado de um homem no Paquistão

Uma mulher foi apedrejada no Paquistão como pena por ter sido vista andando ao lado de um homem, com quem não era casada. A pena capital, que é recriminada em muitos países, é um costume cultural no país.

Antes da execução, a mulher teve a cabeça coberta por um saco preto e depois foi atacada com pedras lançadas por supostos militantes talebãs. A sentença é a mesma que seria aplicada a Sakinê Ashtiani, condenada por adultério no Irã. No entanto, a Justiça iraniana a acusou também de envolvimento no assassinato do marido. E, por isso, ela será enforcada - e não apedrejada.



Extremismo, fanatismo, ignorância, cultura, religião, soberania, dogmas? Eu não sei, mas acho um método cruel, e não concordo com a forma e a prática marginal (além da margem) como algumas pessoas (países) do nosso mundo se comportam, ainda nos dias de hoje. 

Evolução????????? o.O